Três Homens num Barco – Jerome K. Jerome (1859-1927)

Comecei este livro e dei por mim a rir sozinha nos transportes inúmeras vezes….
Este livro é ironicamente divertido e delicioso.
É um livro que vai entrar para a minha lista de prendas a oferecer, pois é uma viagem magnifica e extraordinária!!

Citações:

" E também sou muito cuidadoso com o meu trabalho. Basta ver que algum do trabalho que tenho em mãos está na minha posse há anos e anos e não tem uma única dedada. Orgulho-me muito do meu trabalho; de vez em quando pego nele e limpo-lhe o pó. Não há ninguém que tenha o seu trabalho em tão bom estado como eu.
 Mas, por muito que eu ame o trabalho, continuo a gostar de ser justo. E não peço mais do que a quota-parte que me é devida.
 Contudo, ele cai-me em cima sem eu o procurar - pelo menos é o que me parece - o que é uma coisa que me preocupa. "

" O Harris arreou a vela e vimos então o que tinha acontecido. Tínhamos feito cair das cadeiras os três homens, que se encontravam agora num monte no fundo da chalana, tentando a custo desenvencilharem-se uns dos outros e catar o peixe de cima da roupa: e, enquanto assim se fadigavam, iam-nos insultando - não com insultos vulgarmente insultuosos, mas com insultos compridos, cuidadosamente pensados, abrangentes, que abarcavam a totalidade das nossas carreiras e se iam perder num futuro distante, e que incluíam todos os nossos parentes e integravam tudo o que connosco se relacionava - insultos dos bons, dos substanciais. "

" Estava uma noite gloriosa. A lua já se pusera e deixara a terra tranquila, a sós com as estrelas. Parecia que, no meio do silêncio, enquanto nós, os filhos da terra, dormíamos, elas, as estrelas, conversavam com a sua irmã terra, falando de mistérios tão grandes em vozes tão vastas e profundas que o ouvido humano não podia captar-lhes o som.
 Estas misteriosas estrelas, tão frias, tão claras, enchem-nos de um temor reverente. Ficamos como crianças que se deixaram levar pelos seus próprios pezinhos para dentro de algum obscuro templo do Deus que lhes ensinaram a adorar, mas que não conhecem; e, sob a vasta abóbada com o seu imenso panorama de luz encoberta, erguemos os olhos, meio à espera, meio temerosos de que haja lá em cima alguma visão assustadora.
 E, apesar disso, a noite parece cheia de conforto e de força. Na sua presença, as nossas pequenas mágoas fogem envergonhadas. "



 


Sinopse retirada da Wook:

Não fosse Jerome K. Jerome (1859-1927) um dos maiores vultos do humor inglês e tudo o que haveria a dizer acerca de Três homens num barco caberia na genérica etiqueta “Livro de Bordo”: estamos afinal (são estas as palavras do autor) diante o registo “fiel” das peripécias vividas por George, Harris e J. (já para não falar do cão!) ao longo de uma passeata pelas águas do imponente Tamisa.
As coisas complicam-se quando o suposto relato se revela a súmula de episódios tanto mais hilariantes quanto se pretender compará-los a uma simples viagem de barco.
Publicado pela primeira vez em 1889, “Três homens num barco” foi entusiasticamente recebido na Inglaterra e nos Estados Unidos, sagrando Jerome K. Jerome mestre de gerações de profissionais da comédia. Lição de refinamento britânico com um século de idade? Apenas a prova de que hoje, como nos itinerários burgueses da Inglaterra do século XIX, o humor e a ironia são bens ao serviço de alguns males bem humanos.
Curiosamente, não foi pensado como texto humorístico, muito pelo contrário: o objectivo era fazer uma descrição histórica e topográfica do Tamisa, o mais aristocrático dos rios ingleses, que Jerome adorava. Mas a graça e a frivolidade foram-se infiltrando e as passagens divertidas alcançaram tanto sucesso que, sempre que ‘os bocados históricos’ apareciam, eram cortados pelo editor de Home Chimes, que estava a publicar o texto em folhetim.
Os três protagonistas eram, há que dizê-lo, bastante genuínos: Harris era Carl Hentschel, um polaco que muita gente confundia com um alemão; George era George Wingrave; e o próprio Jerome completa o trio que costumava apanhar o comboio em Richmond para ir passar os domingos no rio. Montmorency, o cão, também existiu, e o episódio com a chaleira baseia-se num incidente real -tal como as explorações dos três homens se baseiam nas experiências de Jerome e dos seus dois amigos.


Comentários

  1. Não conhecia este livro, mas deixaste-me bastante curiosa :)

    Beijinhos

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    Respostas
    1. Vale mesmo muito a pena!! E a coleção BIS tem os preços bem bons!! Beijinhos

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  2. Aceito como oferta *riso maléfico* ^^,

    Miss DeBlogger | missdeblogger.blogspot.pt

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  3. Como é que não conhecia este livro?? Fiquei muito curiosa :D

    Beijinhos,
    DEZASSETE

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  4. Não conhecia, mas fiquei curiosa!
    Beijinhos,
    https://chicana.blogs.sapo.pt/

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